Rastros de Laços

O fogo espontâneo do meu afeto arrefeceu

Parece que foi longe da rosa o seu reflexo

Num desejo completo de pintar sua rima

E permanecer numa íntima e rara prosa

Sem prestar atenção onde estaria o tempo

Na confiança de ver fluir risos e impulsos

Os gestos se embaraçaram em ritmo de luz

Criando rastros de laços breves sem curso

Doar-se no lugar de se descobrir um objeto

Abraços de gerar calor intenso no ser feliz

Com birutices geniais de convites ao carinho

E saber de fato como fazer a casa florir

Ah! puta hora de consentir uma nova escolha

Sentir a vida no limite de linhas bem traçadas

Por veias abertas em constelação presa na pelve

A manter o mesmo gosto do sal de outras praias

Tinha de seguir cuidando das arestas da alma

Dos sonhos de lavar a pele tatuada por espinhos

Beber da taça da sorte sem receio das mudanças

Para chegar tão bem ao outro lado do caminho