Meus dedos passeiam pelos teus versos
Meus dedos passeiam pelos teus versos
E vão deslizando em cada palavra
E os sentimentos mais inversos
Acabam emergindo de minha alma...
Por um instante, eu me reconheço
Nas tuas metáforas tão expostas
Parece que sabes meus segredos
Quanto mais escreves, mais me mostras
Como se eu fosse flor, me despetalas
Como se eu fosse lenha, me incendeias
Levanto-me decidida...parto sem malas
Caio rendida, enredada nas tuas teias...
Quanto mais te leio, mais me encanto
Nem sabes o quanto me seduzes
Não sei se és demônio ou és santo
Vives nas sombras ou nas luzes?
Vou-me emaranhando nesse labirinto
Me arranho, me corto... sangro
Descreves com perfeição o que sinto
O que sou, o que quero, o que amo...
Conta: De onde me conheces?
Será que sabes de onde vim?
Será que ouviste minhas preces?
Por que sabes tanto de mim?