Juventude
Perdemos os nossos cabelos brancos
Na vida jovem regada ao éter
Os nossos sonhos, aos barrancos e aos trancos
Oh, Anne Frank! Não amarias Péter!
Não sentimos, nas mãos os gafanhotos
Nem se fecharão aos ruídos nossas portas
Escrevemos juntos, destros e canhotos
Tudo errado em tantas linhas tortas!
As cãs não algodoarão nas nossas frontes
Não tremerão os guardas em nenhuma casa
O vaso não se despedaçará junto ás fontes
O que será das nossas chamas e das brasas!
Nas reflexões da água junto ao poço
Afundam prata, o ouro, as cadeias
O velho nunca, jamais será um moço
Da vida inteira restará só vida e meias
Nas moeduras, nem carne e nem ossos
O som das aves totalmente aquietará
Pingos de chuva fina, raios grossos
Esqueceremos que o ouvido escutará
Oh, carne debulhada, rabisco das vindimas!
Quando colheremos o pão jogado ás águas,
Para saciarmos bem junto as enzimas
O mal ou o bem das nossas mágoas?
Perdemos os nossos cabelos brancos
Na vida jovem regada ao éter
Os nossos sonhos, aos barrancos e aos trancos
Oh, Anne Frank! Não amarias Péter!
Não sentimos, nas mãos os gafanhotos
Nem se fecharão aos ruídos nossas portas
Escrevemos juntos, destros e canhotos
Tudo errado em tantas linhas tortas!
As cãs não algodoarão nas nossas frontes
Não tremerão os guardas em nenhuma casa
O vaso não se despedaçará junto ás fontes
O que será das nossas chamas e das brasas!
Nas reflexões da água junto ao poço
Afundam prata, o ouro, as cadeias
O velho nunca, jamais será um moço
Da vida inteira restará só vida e meias
Nas moeduras, nem carne e nem ossos
O som das aves totalmente aquietará
Pingos de chuva fina, raios grossos
Esqueceremos que o ouvido escutará
Oh, carne debulhada, rabisco das vindimas!
Quando colheremos o pão jogado ás águas,
Para saciarmos bem junto as enzimas
O mal ou o bem das nossas mágoas?