Coisas que adormecem
Há seu perfume permanente que me adormece
Também a agulha escondida na almofada
E poucas palavras rasas através das grades
Por desconhecer do que se afasta por nada
Já nascemos com asas e carregamos um tudo
Mesmo com asas aquela agulha ainda fere
E pesos que prendem ao assoalho de estórias
Algo afastando da vida tudo que interessa
Mas há uma ligação inexplicável ou quântica
Em inesquecível sorriso e dor suspensos no ar
Um vínculo de vidro inevitavelmente frágil
Sinais abertos por palavras que não são más