Eu que rio do rio
que corre em minhas veias
na forma , na lei , na teia
do futuro  por um fio

eu que fico apática
perto da areia em freio
feito árvore caída
feito o céu sobre o rodeio

Eu que emudeço
ante a beleza
frente ao dorso do mar insandecido

cavalgo na encosta desabando,
em busca , em espera,
divagando,
desnorteio lentamente
na certeza  de ser eu sómente
a semente que  seca
sem brotar

eu que rumo ao mar imenso e brando
conquisto rios e rio do encanto
que o tempo enfeita
ao pé do meu ouvido

sigo onda abaixo,hora acima
soltando o verso
prendendo a rima
do poema logo logo
esquecido

Eu que rio do rio
que corre em minhas veias
pertenço as linhas
pertenço   a vida

e creio...





olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 01/01/2013
Código do texto: T4062045
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