O Mar
Quando tu vais, levas contigo as minhas dores e mágoas
Permite que em teu corpo misture minhas lágrimas
Quando vens, trazes contigo algo que muito me acalma
E no teu vai -e -vem eu lavo a minha alma
Teu barulho é música que soa aos meus ouvidos
Penetra o meu EU sem nenhum alarido
Fecho os olhos e sinto seu cheiro inconfundível
Banho-me em tuas águas e sinto alívio
Embora bastasse apenas contemplar-te
Pois sei que de Deus és puramente arte
Sua imensidão esconde segredos que ninguém descobre
Ouves os apelos do rico e também do pobre
No entanto, se invadem teu espaço e te desafia
Cobras o que é teu da noite pro dia
São os teus mistérios que seduzem e fascinam
Que acolhem e recolhem que expulsam e eliminam.