OUTONO DA VIDA
Creio que vivo hoje
O outono da vida
Quando folhas caem
E o calor do verão finda
É como afogar-se
Não há onde se segurar
Luto, brigo contra o tempo
Teimoso a me minar
Rouba minhas forças
Ri do meu lutar
O espelho, meu inimigo
Também a me contar
Que rugas contam histórias
Cicatrizes na alma também
E lá vem o inverno
Da vida a apontar o Além
Não choro nem sofro
Porque sei que no final
Daqui só levarei
O que fizer de bem e de mal.