DESENHOS

O beijo daquela boca,

às vezes, apaixonada,

às vezes louca,

deixou as marcas de um amor

traços inacabados de querer mais.

Fomos desenhos cegos

do desejo,

um fogo ardente.

Olhares,

telepatia,

gozos incandescentes.

Sussurros,

gemidos,

doces cantigas de ninar.

A magia de desenhar

noites inesquecíveis

na tua pele.

A magia de sentir

o teu gosto,

o teu cheiro,

a tua aura,

a tua luz.

Passamos por tantos

outonos,

invernos,

primaveras

e verões.

Foram madrugadas

e mais madrugadas

apaixonados,

e bêbados de paixão.

A magia da canção,

havia as nossas favoritas

que nos faziam voar

nas asas de um

unicórnio alado.

A magia das rimas

o encanto da musa,

para quem nunca me canso

de cantar.

Apenas um benquerer

e uma flor de lis.

O beijo daquela boca,

às vezes, apaixonada,

às vezes louca,

tatuou-se de eterno,

para ecoar muito além

da eternidade.