Do Negro Amor

A cor da sua pele já foi silenciosa

para os ouvidos da minha sensibilidade.

Houve um tempo em que todas as peles eram rosa

e o silêncio era o tom da neutralidade.

Nunca pensei que uma cor, em especial,

pudesse falar o que a sua (hoje) me diz...

como se fosses um quadro-negro transcendental

e, os meus olhos, dois pedaços de giz...

O que leio, o que ouço, o que sinto

são palavras do meu próprio coração

que tenta me conduzir (pela visão)

através desse negro labirinto

onde, também, me conduz o instinto

de te amar com uma negra emoção.

22-12-2012

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 23/12/2012
Reeditado em 10/12/2015
Código do texto: T4049438
Classificação de conteúdo: seguro