Feminilidade...

Então a voz serena se acomodou docemente em meus ouvidos,

então sorri e cruzei as pernas com graça, como se assim,

eu cruzasse as linhas dos nossos destinos.

Aprendi que é no sonho, que enfeito a realidade com gestos simples.

Que é sonhando que termino o poema inacabado e que é assim,

na solidão da noite, que possuo as palavras que minhas mãos

não sabem escrever.

E é nesse silêncio, que a voz mansa e calma deita em meu travesseiro...aplacando todos os meus temores,

como se todo o resto fosse algo sem importância, corriqueiro.

Cubro-me com o lençol fino, deixando à mostra apenas o externo

do externo, e por baixo da camada fina acondiciono uma alma

que nunca desiste de mim, assim...bem feminina.

AURORA ZANLUCHI
Enviado por AURORA ZANLUCHI em 06/12/2012
Reeditado em 06/12/2012
Código do texto: T4023435
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