construindo um lar
eu conheço o que esta dentro de mim
conheço meu coração, até mesmo as veias
que bombam sangue por todo o corpo
passando em ramos, tramando por todo ele
como braços de uma arvore que enfeitam
a porta da frente, e o vento corre solto
e todos os ambientes podem respirar
aliviados, das folhas para o fundo dos pulmões
minhas fraquezas
as paredes que ergui alto ao redor de mim
eu não espero poder tentar explicar
todas as coisas que sinto
é um ínfimo tênue entre dor e prazer
sinto com todo o meu ser, sinto o que quiser ser!
a minha natureza que grita no fundo
parece imutável, mas não é, então mudo os moveis de lugar.
eu não tento enganar os outros
apesar de esconder, por vezes,
o tamanho da minha profundidade
ou a decoração que orna os cômodos
por que para engana-los
eu teria de enganar a mim antes
e respeito profundamente que sou
assim como os alicerces que sustentam as telhas
com todos os erros e falhas
os certos e errados.
pintados de branco e castanho
aparentemente ainda merecem uma segunda mão de tinta