construindo um lar

eu conheço o que esta dentro de mim

conheço meu coração, até mesmo as veias

que bombam sangue por todo o corpo

passando em ramos, tramando por todo ele

como braços de uma arvore que enfeitam

a porta da frente, e o vento corre solto

e todos os ambientes podem respirar

aliviados, das folhas para o fundo dos pulmões

minhas fraquezas

as paredes que ergui alto ao redor de mim

eu não espero poder tentar explicar

todas as coisas que sinto

é um ínfimo tênue entre dor e prazer

sinto com todo o meu ser, sinto o que quiser ser!

a minha natureza que grita no fundo

parece imutável, mas não é, então mudo os moveis de lugar.

eu não tento enganar os outros

apesar de esconder, por vezes,

o tamanho da minha profundidade

ou a decoração que orna os cômodos

por que para engana-los

eu teria de enganar a mim antes

e respeito profundamente que sou

assim como os alicerces que sustentam as telhas

com todos os erros e falhas

os certos e errados.

pintados de branco e castanho

aparentemente ainda merecem uma segunda mão de tinta

Tamires Barros
Enviado por Tamires Barros em 02/12/2012
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