e...
enquanto uiva o vento
passeiam-me luas minhas
mil faces de meu ventre
enquanto vem a madrugada
fujo um pouco, um tanto mais
de sempres, nuncas, jamais
enquanto caminham as horas
escondo janelas, tranco olhos
ajoelho-me sem ida, sem volta
enquanto murmuram as telhas
silencio paredes, arregaço segredos
na metamorfose das letras....