Transbordamento
Aquilo que escrevo não é vã filosofia
e nem visão doentia.
É sentimento contido
e momento vivido.
É olhar introspectivo
e observação extrovertida.
É contemplação que desperta emoção
abundante que precisa ser escrita.
Forma de extravasar,
não pode ficar guardada.
É esta loucura:
Sentimento guardado com medo de se mostrar
e emoção liberada por ser em excesso.
Escrevo sem temor de julgamento.
Aquilo que escrevo, escapuliu.
Não pude conter.
Saiu-me sem censura.
É sentimento vertido,
é emoção que se derramou.
Leonardo Lisbôa – Barbacena, 17/11/2000
POEMA 855 – Caderno: Amor Dormido e Sonhado.