Transbordamento

Aquilo que escrevo não é vã filosofia

e nem visão doentia.

É sentimento contido

e momento vivido.

É olhar introspectivo

e observação extrovertida.

É contemplação que desperta emoção

abundante que precisa ser escrita.

Forma de extravasar,

não pode ficar guardada.

É esta loucura:

Sentimento guardado com medo de se mostrar

e emoção liberada por ser em excesso.

Escrevo sem temor de julgamento.

Aquilo que escrevo, escapuliu.

Não pude conter.

Saiu-me sem censura.

É sentimento vertido,

é emoção que se derramou.

Leonardo Lisbôa – Barbacena, 17/11/2000

POEMA 855 – Caderno: Amor Dormido e Sonhado.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 28/11/2012
Reeditado em 03/12/2012
Código do texto: T4009488
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