Meu rio perene
Na tua corda bamba sem pecado
Balançando sob a brisa conspirada
Não critique minha antítese desejada
E não zombe do meu sonho rebuscado
No deguste de regras sem passado
Mastigue a tua folha doutrinária
Que te prende na mesa imaginária
Das condutas que dormem ao teu lado;
Sou livre sem corda desenrolado
E piso longe do lustre da euforia
Atormentado pela mansa histeria
Que todo pecado mora ao lado
Não ostento qualquer discurso fadado
Sem a história que tudo sombreia
Nenhuma (in)glória está alheia
Àquilo que ainda não foi contado
Minha história não carrega recado
Sou apenas rio perene desprezado
Na face do “book” da vida saturado
Que refuga um poeta já cansado
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Para rever teu sol inebriado
Não use teu machado podado
Para cortar a copa do meu fado;
Alguém ainda anda ao meu lado!