Meu rio perene

Na tua corda bamba sem pecado

Balançando sob a brisa conspirada

Não critique minha antítese desejada

E não zombe do meu sonho rebuscado

No deguste de regras sem passado

Mastigue a tua folha doutrinária

Que te prende na mesa imaginária

Das condutas que dormem ao teu lado;

Sou livre sem corda desenrolado

E piso longe do lustre da euforia

Atormentado pela mansa histeria

Que todo pecado mora ao lado

Não ostento qualquer discurso fadado

Sem a história que tudo sombreia

Nenhuma (in)glória está alheia

Àquilo que ainda não foi contado

Minha história não carrega recado

Sou apenas rio perene desprezado

Na face do “book” da vida saturado

Que refuga um poeta já cansado

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Para rever teu sol inebriado

Não use teu machado podado

Para cortar a copa do meu fado;

Alguém ainda anda ao meu lado!

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 26/11/2012
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