Vaticínio
Para os risos em frascos sem sorte
A vida é sobra de mágoas servidas
Entre grades e bandejas de cela
E o vate garbo de todo poeta erra
Vaticinando que a “A vida é sempre bela”
A vida é memória do passado
Com suas fotografias amareladas
Que nunca aprenderam a sorrir
- Disfarce da dor momentânea!
Consolo do soluço que ainda há de vir.
Toda vida ressuscita suas sequelas
Impregnadas na alma de outras eras
Na contínua cara curas isoladas
Das nossas feridas mal cuidadas
Se reabrindo nas horas grangrenadas
Porém, ainda está certo o vate
Que acompanha a sina do poeta
Que sonha com uma “Vida bela”
Em todos os nossos momentos
Que esquecemos nossas sequelas!