Na crista da onda
Hoje a única moda que curto é a do sofista,
Moda inconclusiva que não se tornará outra Inês morta.
Nas primeiras marés já nasceu cafona por natureza,
E nas incertezas aperfeiçoa suas manobras para a alma.
E toda alma nela maquiada e modelada
Foge da falácia da tez dessa nova nudez;
-Sem indução as ações de má fé!
Poucos surfam nas ondas da sua recriação.
Laquês multicores nas aparências
Cabeças toscadas cabeças vermelhas
Poucas crentes muitas dementes...
Não me estranhe longe do seu culto de salvação,
Minha primeira calça “US Top” já rasgou
Minha moda cabelo “Menudos” se desiludiu... Caiu!
Sem preocupação com esfoliantes do modismo dos pés
Minha mente impaciente na prancha da alma sofista,
Aguarda do espelho d’água a resposta que tarda chegar:
Espelho, espelho meu, existe alguém mais fora de moda do que eu?