Caminho de duas
Desabitada
não mais duas sombras
caminho de duas
agora de uma só
sem conselhos e zombarias irônicas
incompleta a estrada da vida
cultivada uma infância de fantasia
resta um andar sóbrio,
o peso nas costas
o presente é castigo
eu sei que fui leal,
torturo meu ser flagelado
a razão me apunhala,
não faz sentido.
Estou em duas, me abri ao meio
alma espírito e coração pisoteado,
eu jurei que só havia você
e por minha jura morri
desfazendo o que havia de você
desfazendo o tudo
pois eras tudo pra mim
sem você eu me perdi,
nunca fui muito sem você,
com a espada de minha própria palavra
vagar a esmo é destino
porque me abandonou
a morte é só detalhe
quando a música perde a melodia,
você me lacerou quando provou
que pra você não havia mais canção,
o acaso me fere como espada invisível
eu te pus num patamar,
amiga de alma
porém não mais regressará.