DA MATÉRIA ÀS CINZAS, DA TERRA À LUZ.
Da matéria às cinzas
Da terra à luz
Domingo à noite
Ninguém imaginava
Ninguém esperava
Que o artista fechasse as cortinas
De uma forma calma, doce
Mas, brusca...
Sabemos que todos os dias, morremos aos poucos.
Uma estrela nova aponta no céu.
De maneira tão intensa,
Tão única...
E agora?
Como ficamos?
Sem teu sorriso iluminado e contagiante,
Sem sua bravura e determinação na vida.
Ficaram sua história, suas imagens, seus registros.
Teu corpo moreno,
Sua expressão fascinante no olhar,
E continuamos a dizer que sentimos sua falta.
Quando você caminhava para o futuro,
Seus sonhos flutuavam e deliravam
Levando ao público um transbordar de emoções!
Você existiu? Você existiu!
E lembraremos da sua presença
E da tua ausência sempre.
Agora teu corpo são cinzas
Jogadas ao mar...
Da matéria às Cinzas,
Da Terra à Luz.
Marcos Paulo
Siga a tua luz de cruz.
Dedico esse poema ao grande ator e diretor: Marcos Paulo.