COISAS QUE MORREM

O que me restou, senão esta licamtropia?

que olho por trás de meus globos oculares?

alfarrábios, vidas, pesares?

virão todos a ser meus um dia!

Só minha funérea e conservada caricatura!

a habitar nesta terra escura,

entretida de óculos-latifúndios.

E aqui vejo que esta rosa se esfacela

aturdindo em meu clone magricela

desejos vis.Oriundos.

Eu nasço das coisas que morrem!

Eduardo dos Anjos
Enviado por Eduardo dos Anjos em 01/03/2007
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