Trânsito

Nas Nações unidas,

Com a Leopoldo Machado...

A vida por um fio.

Um cidadão dirigindo sem carteira,

Alcoolizado, sem eira nem beira.

Não atendeu ao semáforo;

Não atendeu as regras...

Não atendeu a lei;

Não atendeu a hora.

Sem se importar com a vida.

Desafiou a avenida.

Avançou...

Bateu noutro veiculo,

Que capotou.

O motorista faleceu,

Os passageiros foram lesados.

Assinalando no asfalto mais uma dor.

Avisando as famílias,

Que o momento é de desordem.

No local autoridades no uso de suas funções.

Falácias e gritos,

Indignações e ritos...

Mais uma vez a conveniência suborna a lei.

O réu é filho de doutor,

Pagou fiança e pra casa voltou.

Vive nas andanças da madrugada,

Dirigindo o seu novo carro,

Como se não tivesse feito nada.

A justiça calada faz justificativas pela tv.

Enquanto não é com você,

Pouco importa.

Parentes e amigos das vítimas

Anunciam em camisas com frases de ordem,

Que todos os dias morrem de saudades.

Assim, hoje se faz a cidade.