Eternidade

A morte pousou em sua sacada e de la se nega a sair...

Trouxe consigo o frio da solidão que penetrou sua alma frágil feito um punhal,

dilacerando toda a esperança que ainda restava em vosso peito.

Agora ela aguarda silenciosa e paciente, que vosso corpo padeça,

para que sorrateiramente chegue ao seu leito,e tome em seus braços gélidos e justos, o que ainda há em ti,

para se juntar ao que resta de humano em sua escência.

E quando seu espírito se juntar ao dela, assim que em seus braços estiver,

nada mais haverá a temer, pois serás parte daquela que é imortal,

e se perpetuará pela eternidade,

assim como sempre desejou.

O desejo de ser eterno lhe entregou aos braços da morte,

e aquela que nada teme selou seu destino, entregando-lhe a eternidade

contida em seu abraço quase maternal.

Jaqueline de Mello
Enviado por Jaqueline de Mello em 09/10/2012
Código do texto: T3923670
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