MEU EU DE POETA
Meu eu de poeta
Entristeceu-se e partiu
Não esperou a primavera
Nem viu o céu de aquarela
Que o sol na tarde pintou
Meu eu de poeta
Dormiu e não mais acordou
Descansa solitário
Entre os versos que criou
E os sonhos que não se realizou
Meu eu de poeta
Não mais se declarou
A musa mais bela
Que ele inventou
E dedicou seu amor
Sou eu que agora enfrento
Esse mundo sem cor
Das palavras amargas
Que a vida nos revelou
E que o poeta jamais rimou.