MEU EU DE POETA

Meu eu de poeta

Entristeceu-se e partiu

Não esperou a primavera

Nem viu o céu de aquarela

Que o sol na tarde pintou

Meu eu de poeta

Dormiu e não mais acordou

Descansa solitário

Entre os versos que criou

E os sonhos que não se realizou

Meu eu de poeta

Não mais se declarou

A musa mais bela

Que ele inventou

E dedicou seu amor

Sou eu que agora enfrento

Esse mundo sem cor

Das palavras amargas

Que a vida nos revelou

E que o poeta jamais rimou.

Luiz Carlos Santos
Enviado por Luiz Carlos Santos em 01/10/2012
Código do texto: T3911332
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