De brincadeira

Os palhaços estão tristes...

Vagam no centro circo,

Com as suas caras pintadas de tristeza.

Deram-se conta na verdade que ...

Não há plateia;

Não há sorriso.

Há na dor da face diante do espelho,

A lágrima nascida oculta,

Que resenha incansavelmente tragédia...

Quem ama não mata;

Quem mata não ama.

No silêncio sonoro da culpa,

A alma perdida objeta...

Morte em vida.

O sofrimento armazenado habita,

Se mostra na carne dura.

Enquanto a solidão disciplina as horas vazias.

Tudo ao redor fica sem vontade,

Não há paisagem e a paixão socorre o coração,

Com espinhos.

Se o amor não morreu;

Se a voz enfraqueceu;

Se a depressão esgota as forças,

Só a tintura do rosto, que atormenta a vida,

É capaz de dar ao verbo da boca o grito de salvação.

O erro foi não ter iniciativa.

A saída é o tempo seguindo, seguindo...

Sem direção.