Corpo a Corpo
No escuro das horas,
A meio tom...
Parede, cama , parede...
Um beijo, profundo, sentido.
Em bocas insaciáveis.
A luz escura,
A roupa do mundo cai em segredo.
Um verbo não identificado no silêncio da hora,
Um carinho em idades que precisam.
Um amor...
Uma febre que acontece,
Que implora,
Que insana invade a alma,
Desenhando em corpos que se devoram...
A paixão;
O cheiro, o gosto...
A essência, o suor...
Que se mistura ao orgasmo gritado,
Gemido, cansado, vencido.
Não há em que pensar;
Não há rumo na cidade.
Esse amor.
Esse amor que vivifica e as vezes mata;
Essa dívida, as vezes, amarga.
Por hora se expõe como vaidade,
Mas vem do prazer da intimidade.
É o que faz viver.
Nosso amor,
Nosso amor uma única necessidade.
Um olhar uma vontade.