LICOR DE ACEROLA
Bebo transparência,
licor de tolo,
acerola, como inocência,
mas cor de ouro.
Bebo a pureza,
sou criança e moço,
avesso da esperteza,
No copo, tens meu rosto.
Bebo os cristais,
o que quebrou foi embora,
mas a dor não quebra jamais
o que flui e doura.
Licor de acerola,
longe de ser dama, nao engana
é líquido, como sou agora
claro, e côr de chama.