PROMETO

Prometo cortar a sombra,

do assombro que nos devora,

que mesmo assim não nos tomba,

porque agimos de dentro para fora.

Não somos diplomáticos ativos,

vivemos explorando a incerteza,

mesmo sem casos perdidos,

nos tempos que foram sentidos,

não nos importa a beleza.

Quero prever todo o ser,

abreviar sem complicar

se a sombra acontecer

até a dormir eu quero acordar...

Nuno Godinho

2007