Meta língua minha

Esqueça, esqueça, isso tudo é ressaca.

Das combinações de letras não sei nada,

Nem desses vultos de amor;

A rima do sentimento inventado,

Criado para filhos fictícios de dias que não são.

Esqueça,

cabeça minha, do pão doce disputado.

Da dor do ato falho,

dito quando lembro de ti.

Esqueça,

vidinha medíocre...

A felicidade que nela reside,

a invenção do ateu.

Amor meu, mas uma rima foi dada.

Com frases combinadas

nessa linguagem metalinguista.

Falar do canal do ato,

O próprio amor inventado por um amor que critica seu eu.

Final com vogal

Tarde natural de uma saudade danada...

Vem, só um dia.

Prova que a alegria existe em tardes de chuvas

Assim, nada muda, a combinação não pode existir.

É preciso descolorir essa dança já inventada;

Dança das palavras, muda.

E eu, aqui, estou surda de tanto tentar e tentar, e...

Jana Canuto
Enviado por Jana Canuto em 17/09/2012
Código do texto: T3887047
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