IMPERTENCÊNCIAS
Há palavras às quais não pertenço:
Poesia, medo e desculpa.
O lírico a fazer uma exclusão sugerida em tudo que sou...
O medo a limitar raízes e, a desculpa a impedir uma vida.
Minha incompreensão do mundo é que faz esta lágrima sentida...
Pactos, passados, sentidos que nunca encontrei...
De novo, sei que estou perdendo espaços,
Amar em demasia! A alma fica ferida.
“Impertencência” , conheço seu tudo...
Há versos que não sei ler, há palavras que não me pertencem,
Há sentimentos de que não quero mais saber.
Há poesias, medos e desculpas que só existem dentro de mim
E no inesperado instante em que me tens pelas mãos
Pertencemos, e de nada mais temos qualquer outra intenção .