Ecos...
havia mãos a sangrar
e sagrar o minuto faminto
olhos e tez do tempo
do que escorria
dedos em branco e negro
lágrimas em elos
tão pouco era pele
tão pouco era matéria
tantas eram as pérolas
só, de joelhos , alma
só, sem caminhos, nós
só, somente só, pó
arrancadas as garras
marfim sagrado, sedento
amaldiçoando momentos
benditos todos os dentes
benditos todos os ritos
santificadamente malditos
havia de colher
dores penduradas em folhas
nas linhas no avesso do espelho...
de um purgar ventre
abortar a carne tecida, vadia
parir e ouvir sinfonias
mel, dias, melodias
arias e sóis menores distantes
sonhos, ecos de um sempre...