Em mim, meu doce Apelo
Como é possível
Na tempestade de mim mesmo
Separar uma gota nesse mar de sentimentos
Encontrar um pensamento que não se misture
Uma única dor que não sangre.
Algo em mim me consome
Um desejo em mim me abrasa
O ferro que transpassou meu peito agora me consola
A turbulência de minha alma quase apaga o que restou de mim
O remédio não estancou o sangue.
O vento forte que soprava longe
Trouxe de volta o perdido que há em mim
O doce desejo do amanhã
A eterna expectativa
Um triste abandono solitário.
Um desejo do escuro
Onde a escuridão seja capaz de abafar meus gritos
A luz seja retida no interior de minh'alma
Que esconda os meus sussurros, meu doce apelo
De morte, De vida.
Os sonhos tornam-se pedras
O mar é deserto
As palavras ainda perfuram meus pensamentos
Ainda fazem sangrar meu coração
Continuo a caminhar!