Renúncia
morro aos poucos
a cada raiar do dia
no anoitecer que engole a luz
nas preces sem alegria
no hálito das estrelas loucas
que riscam o céu, seduzem
e se apagam para deixar
que o sol brilhe...
morro aos tropeços
a cada passo incerto
no intervalo de um verso
nas letras que abraçam o medo,
no sopro de uma palavra
descrita em sons do vazio
mato em goles, em rios
de lágrimas, poesias ...