ETERNAS ALGEMAS
Paro e olho à minha volta
por mais que busque outro tema,
vejo-me enclausurado,
pelas grades do sistema.
Por isso sem alegria,
surgem tristonhos poemas.
Por mais que tente, indefeso,
sou escravo das algemas.
Vivo assim nessa lamúria,
gritando sem ser ouvido,
feito um cego ao infinito.
Mas não surte efeito o alarde,
parece ser sempre tarde,
quanto mais forte eu grito.
Saulo Campos- Itabira MG