Ansiedade
Quando o medo invade
A ansiedade faz tremer o corpo
O cérebro desmente a realidade
A clara verdade se faz turva banalidade
No falso sentimento ambíguo
Que quase cai entre a calma e a raiva
Por ouvir um não ou não ouvir nada
A linha tênue entre a calamidade e a princesa
Que escarra o verbo ou que sussurra tristeza
Que vê nascer dos pés raízes mortas por onde passa
Não encontra quem vem, só quem é tarde mais
Nada mais além... que três moedas, um papel, um lápis
Olha pra trás e vê um ano encaixotado
Vislumbra futuro um pouco mais apaixonado
Reviravoltas em cada um de seus passos
Tenta aprender que nada é seu de fato
Que suas convicções valem tanto quanto seu diploma rasgado
Não espero minha hora
Minha lei que não vigora
A anarquia esporádica um dia há de cessar
O que eu tenho dentro do peito
Como quem diz que não tem nome e mesmo assim liberta
Repito a mim mesma
Que essa ansiedade será sempre a premissa
De que ainda estou viva:
seja bem-vinda.