Ansiedade

Quando o medo invade

A ansiedade faz tremer o corpo

O cérebro desmente a realidade

A clara verdade se faz turva banalidade

No falso sentimento ambíguo

Que quase cai entre a calma e a raiva

Por ouvir um não ou não ouvir nada

A linha tênue entre a calamidade e a princesa

Que escarra o verbo ou que sussurra tristeza

Que vê nascer dos pés raízes mortas por onde passa

Não encontra quem vem, só quem é tarde mais

Nada mais além... que três moedas, um papel, um lápis

Olha pra trás e vê um ano encaixotado

Vislumbra futuro um pouco mais apaixonado

Reviravoltas em cada um de seus passos

Tenta aprender que nada é seu de fato

Que suas convicções valem tanto quanto seu diploma rasgado

Não espero minha hora

Minha lei que não vigora

A anarquia esporádica um dia há de cessar

O que eu tenho dentro do peito

Como quem diz que não tem nome e mesmo assim liberta

Repito a mim mesma

Que essa ansiedade será sempre a premissa

De que ainda estou viva:

seja bem-vinda.

Lâmia Brito
Enviado por Lâmia Brito em 10/08/2012
Reeditado em 11/08/2012
Código do texto: T3824242
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.