Lágrimas
Nos dedos
tento entrelaçar
nós de lágrimas
ruidosas e carentes
que me tecem
nuvens borradas de colírios
em um céu tão zombeteiro
onde voam, pensamentos andarilhos
já não há mais colorido
no batom do céu da boca
pois as lágrimas me lavam
da maquiagem, teu desenho
e, quando minhas lágrimas
correrem venenosas por meu rosto
envelhecido, no fatal destino do espelho
me restará o silêncio
da tua pele em meu gosto
do teu sorriso, ou talvez
só remorsos espelhados
porque meus dedos
tão somente entrelaçados
enrijecidos pelo tempo
já não fazem caracóis em teus cabelos...
Nos dedos
tento entrelaçar
nós de lágrimas
ruidosas e carentes
que me tecem
nuvens borradas de colírios
em um céu tão zombeteiro
onde voam, pensamentos andarilhos
já não há mais colorido
no batom do céu da boca
pois as lágrimas me lavam
da maquiagem, teu desenho
e, quando minhas lágrimas
correrem venenosas por meu rosto
envelhecido, no fatal destino do espelho
me restará o silêncio
da tua pele em meu gosto
do teu sorriso, ou talvez
só remorsos espelhados
porque meus dedos
tão somente entrelaçados
enrijecidos pelo tempo
já não fazem caracóis em teus cabelos...