Estrebaria

Sorvo este vinho

com sabor de solidão,

tentando esquecer

a velha canção.

Canção que toca

sem cessar, em

meu corpo e mente.

Sinto-me diferente!

Como um velho alfinete,

perdido no palheiro,

sem mais serventia

definhando com o

passar do tempo.

Jogado nesta estrebaria

vazia, destino anunciado

deste ser que definha.

Se ao menos preso

em um mural,

sustentando um belo

texto, não!

Aqui estou nesta

estrebaria vazia.

Sendo consumido,

apenas não esquecido

pelo tempo que,

tudo leva e enterra.

Rafael Razador
Enviado por Rafael Razador em 30/07/2012
Código do texto: T3804002
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