Estrebaria
Sorvo este vinho
com sabor de solidão,
tentando esquecer
a velha canção.
Canção que toca
sem cessar, em
meu corpo e mente.
Sinto-me diferente!
Como um velho alfinete,
perdido no palheiro,
sem mais serventia
definhando com o
passar do tempo.
Jogado nesta estrebaria
vazia, destino anunciado
deste ser que definha.
Se ao menos preso
em um mural,
sustentando um belo
texto, não!
Aqui estou nesta
estrebaria vazia.
Sendo consumido,
apenas não esquecido
pelo tempo que,
tudo leva e enterra.