quem me dera se eu fosse poeta
salpicar
de estrelas e pétalas
o chão onde pisas
pra te guiar
no teu caminho
que te levou daqui
e me deixou
morrendo a mingua
sozinho
por amor me avisa
se voltares por perto
não quero mais o deserto
dessa dor infinda
reconheço ainda
o teu cheiro
guardado na minha camisa
tenho as marcas das tuas unhas
cravadas na minha pele
em carne viva
tenho a tua saliva
queimando o ceu da minha boca
fiapos de panos perdidos
que ficaram em mim
das tuas roupas
tenho teus gestos de carinhos
presos aos restos do meu corpo
tenho tantas lembranças bonitas
guardadas no fundo do meu tempo
mas todas são tão inquietas
tenho esse eterno desconforto
das minhas noites aflitas
onde passo a limpo
os nossos momentos
quem me dera agora
se eu fosse poeta
salpicar
de estrelas e pétalas
o chão onde pisas
pra te guiar
no teu caminho
que te levou daqui
e me deixou
morrendo a mingua
sozinho
por amor me avisa
se voltares por perto
não quero mais o deserto
dessa dor infinda
reconheço ainda
o teu cheiro
guardado na minha camisa
tenho as marcas das tuas unhas
cravadas na minha pele
em carne viva
tenho a tua saliva
queimando o ceu da minha boca
fiapos de panos perdidos
que ficaram em mim
das tuas roupas
tenho teus gestos de carinhos
presos aos restos do meu corpo
tenho tantas lembranças bonitas
guardadas no fundo do meu tempo
mas todas são tão inquietas
tenho esse eterno desconforto
das minhas noites aflitas
onde passo a limpo
os nossos momentos
quem me dera agora
se eu fosse poeta