VONTADE
Eu queria ter
A fugacidade da luz,
Que assim como vem, se vai,
Sem deixar rastros, sinais.
Eu queria ter a força da vara fina
Que suporta o maior vendaval,
Que no máximo se inclina
Mas não sucumbe ao ato final.
Ser como a mãe, eu teria querido,
Que suporta atrozes agonias
E, no entanto, nutre amor imedido,
Por qualquer uma de suas crias.
Queria ser como a chuva mansa
Espalhando vida e alegria na terra
E a todos que a dádiva da vida alcança
E a necessidade de água se encerra.
Queria ser como os pássaros, o vento,
Que à natureza ajudam ser,
Com sua força, ao transportar
Os elementos de um novo nascer.
Enfim, gostaria de ser tudo e ser nada,
Mas me sentiria largamente satisfeito
Em ter contribuído em minha curta jornada
Para tornar o mundo um lugar mais perfeito.
Riedaj Azuos - 11/04/09 - O.P.O.