no facebook tem  um blog (eu era feliz e não sabia) onde mostra as coisas antigas , propagandas , brincadeiras, detalhes das diversões, e  um scrap fala ( na boca do fôrno) quem não lembra dessa brincadeira ?

(na boca do fôrno, tudo que seu mestre mandar faremos todos) e andávamos de costas  confiando no (mestre), não sabíamos o que estava   a nos esperar , mais confíavamos no  coleguinha(mestre) éramos inocentes, então o final  sempre feliz.

antigamente , deveria ser hoje, onde as pessoas eram menos consumistas , menos egoístas , exigentes,ocupadas,doentes,estressadas,dementes,ah, ANTIGAMENTE

As situações mudaram aos poucos , e de repente mudaram rápido, a globalização, uma corrente  unindo o mundo , as pessoas na virtualidade, e cada um  acabou  enfurnando-se em sua zona de confôrto, daí a solidão virtual, a mentira aumentando  cada vez mais.

as pessoas não sabem mais divertirem-se. o consumo de alcool indiscriminado,acidentes,irresponsabilidade, animalismo entre os humanos,ferozes, irados,caluniadores,orgulhosos,ambiciosos,sem auto dominio

as crianças  viram-se com seu video game, creches, diaristas,   computador, tablet, celular, as vovós não estão mais na boca do forno fazendo um bôlo, não  estão.  as encontraremos nas academias , nos cruzeiros, nos bailes da terceira idade, nas praçinhas, nos shoppings  DESCOBRINDO A MELHOR IDADE

sua  bolsinha de mão , tem cartão de crédito , cheques, remedinho para labirintite, chiclete, bala de gengibre, menos (porta moedas)

como era gostoso  ganhar  uns centavinhos  da  vovó, o barulhinho  das moedas,  o peso , nos fazia pensar : pôxa , minha vó é rica !

pedir uma moedinha e ir na  barraquinha da esquina  comprar pirulito, picolé de groselha sem embalagem, bala juquinha, chiclete ping pong, doce de amendoím, de banana, de abóbora,doce de batata doce, o tempo bom.

a felicidade das tardes de verão era o enxame de tanajuras voando,os passarinhos revoando para  comer a iguaria, e a criançada correndo abanando as  mãos tentando interferir no ciclo,  as pipas cobriam os  céus, e até balões era possivel soltar,   e a coisa era tão INOCENTE, que  os balões faziam uma gigante viagem e caíam só quando  seu combustivel (um saco de pano embebibo em querosene e parafina) acabava.

na rua que eu morava tinha  até concurso  de  baloeiros.  meu pai participava.era mágico ver aquelas construções e depois ve-las no alto  , no espaço a subir subir subir, de  alguma maneira  sonhavámos que algo muito bom desceria com o balão em algum lugar

para as crianças  tinha o famoso balão japonês. era bem pequeno , e subia a pouca altura  , sua bucha  era idêtica ao antigo chiclete ping pong, dava até vontade de mastigar, ele rápidamente esgotava o combustivel e  caía apagado   podendo ser reaproveitado.

o mundo  mudou de verdade. a inocencia acabou,  as crianças de hoje , crianças pequenas  bem pequenas   rebolam  , dançam  fazendo gestos inadequados, são ensinadas a copiarem  e não a criarem

a, tempo  que  levou o que era bom demais, a inocencia  do existir, e  deixou saudade  assando  no fogão velho encostado em algum canto da recordação,

na boca do forno.  tudo que seu mestre mandar (NÃO faremos todos)

O   MESTRE  morreu!


olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 18/07/2012
Reeditado em 31/07/2012
Código do texto: T3784139
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