QUANDO! ( I )
Quando eu sonhei com você,
Você ainda nem existia,
Porém,
Meus sonhos guardei tão bem,
Que deles eu esqueci.
Envolvi-me com outros “amores”
Com falsos sonhos me iludi.
Vaguei como cego no escuro,
Em labirintos me vi.
Na vida profissional,
Até consegui vencer.
Mas sentia dentro da alma,
Um vazio sempre crescer.
Lutei contra ventos fortes.
Tive várias decepções,
Que de mim se aproximaram,
Com grandes e falsas ilusões.
Vinham com fingimento forte.
Porém,
Confesso fui educado,
Em um lar de dignidade.
Por isso não aprendi,
Desviar-me das falsidades.
Mesmo porque, nem sabia,
Que no mundo este sentimento,
Era tão forte como hoje sei.
Quando eu imaginei sua imagem,
Você nem ainda existia.
Por isso tanto sofri,
Por não ter sua companhia.
Agora,
Depois de tanto sofrer.
Deus de mim se apiedou,
E mandou você me cuidar,
Entregar-me o seu amor.
Eu estava tão abatido,
Desiludido e cansado.
Não queria me levantar,
Nem acreditava que um dia,
Ainda seria amado.
Você estendeu-me sua mão,
E eu custei aceitar.
Te confidenciei minhas dores,
E minhas decepções.
E fui até muito franco,
Para eu poder confessar,
Que jamais nesta minha vida,
Eu não queria amar.
Então com voz macia,
Que inspirava confiança,
Você me disse baixinho,
Que tinha ordens expressas,
Do nosso único Deus,
Para que viesse me amar.
Ainda um pouco cético,
Procurei ter muito cuidado.
Mas você foi paciente,
Me dedicava atenção,
Carinho e muito amor.
Foi chegando de mansinho.
E até me conquistou.
E como eu sou, me entreguei,
De coração, corpo e mente.
Você dizia me amar,
Eu confiei tão somente.
Hoje agradeço a Deus,
Por ter enviado você
Também com o objetivo
De me livrar
De tantas almas dementes.
29/4/2012