A esmo...
perambulava pelas ladeiras
um chute nas letras
outro nas mesas dos bares
o que era do vicio
bebia chagas em taças
escrevia poesias às traças
mero exercício sem sentido
cuspir, vomitar em portas
janelas, versos à deriva
que fosse, sempre fosse
do copo a posse das estrelas
das flores, dos passos, a esmo...
a esmo, sempre a esmo
perambulava pelas ladeiras
chutando pedras, letras, palavras...