ALMA DE POETA

Reajo!

Quando tocam a ferida.

Escondida...

Não com o aço forjado

Que se dobra ao calor do fogo

Mas com palavras afiadas

Que buscam atingir o alvo

No cantinho de minha alma.

Sou poeta!

Que pretensão.

Eu busco no silêncio da noite

Apenas inspiração

Quando o vazio se apresenta

E me faz companhia

Olhando o céu na noite escura

Onde estrelas cintilam

E falam fundo em minha alma

Pretensioso...

Que no emaranhado

De galhos e espinhos

Vê uma rústica e delicada flor

Espremida nas galhadas

Desabrochando para o mundo.

Sou poeta.

Que pretensão!

Quando num sorriso

Ou numa lagrima

Eu remexo as palavras

E exteriorizo o meu ser

Mostrando a simplicidade

Sem nenhuma vaidade

Da beleza e o esplendor

Do sol do amanhecer.