Ao Fruir do Toque Distante
Um meio termo,
Páramo, vilarejo.
Estreito, grãos e fendas,
Ferem ao desfrutar o tempo.
Movem-se navios,
Avistam terra.
O poeta inventa o que não tocou,
Seu dom, labor.
Insano, ensaia o descompasso,
Ganha luva, perde o tato.
Deixa as vestes de palhaço
Para o circo e o jornal.
Quem dera fosse carnaval!
Para correr pela noite aflora.
O botão de riso, o sim.
Nesse chão que pede estrelas,
Ele queria, mais do que tê-las,
É o tocar nos dedos dela.