Diálogo
Súbito
Infinito sórdido
A percepção oculta o vital
Abraça-me em latejante ódio
Sou ofuscado pelo intenso real
Na incoerência do instante amargo
Que me cerca em primário holocausto
Escravo do semblante desta cromofobia
Como um palácio que desmorona ao vento
Que me arrasta no leito de uma mitocracia
Que passa como a infelicidade do tempo
Resplandecente neste céu de luar ausente
Anel traidor na infidelidade do cônjuge
Incandescente neste turvo sol ardente
E agora amarga um dolorido sarcasmo
E agora sonha com proporções racionais
Na recreação nefelibática do ser fadado
Com a falha pertinente a tempos feudais
A ser hediondo como a onifisicopatia
Encerrando esta infrutífera estadia
Que remedia todos os mistérios idosos
Neste caófilo universo tão pueril
Do eclético simbiótico do polivalente
Do estúpido monérico do benevolente
Onde agora encontro este ambíguo mar de rosas.
Onde agora encontro este ambíguo mar de rosas.