Diálogo

Súbito

Infinito sórdido

A percepção oculta o vital

Abraça-me em latejante ódio

Sou ofuscado pelo intenso real

Na incoerência do instante amargo

Que me cerca em primário holocausto

Escravo do semblante desta cromofobia

Como um palácio que desmorona ao vento

Que me arrasta no leito de uma mitocracia

Que passa como a infelicidade do tempo

Resplandecente neste céu de luar ausente

Anel traidor na infidelidade do cônjuge

Incandescente neste turvo sol ardente

E agora amarga um dolorido sarcasmo

E agora sonha com proporções racionais

Na recreação nefelibática do ser fadado

Com a falha pertinente a tempos feudais

A ser hediondo como a onifisicopatia

Encerrando esta infrutífera estadia

Que remedia todos os mistérios idosos

Neste caófilo universo tão pueril

Do eclético simbiótico do polivalente

Do estúpido monérico do benevolente

Onde agora encontro este ambíguo mar de rosas.

Onde agora encontro este ambíguo mar de rosas.

Lasevitz
Enviado por Lasevitz em 07/02/2007
Código do texto: T372891