Enluarada
Nada do que diga
faça ou deixe em perspectiva
na fadiga do que exaure-me as forças
rouba o siso
lança ao impreciso
oposto ao meu jeito sempre igual,
te surpreenda!
Culpa é da lua
feiticeira e maga
que enleva-me e sagra
vítima do sonho.
Abono eu ganho em embriaguez
insensatez que me arrebata
lança-me na ingrata
sede de te amar...
Depois sou risos,
anjo dos delírios,
nada me refreia...
Múltipla face
que me retrate
nessa avaria
não me condene.
Entenda:
sou ser demente,
sou lava ardente,
num furacão.
Tua ação a me amparar
seja a clemência,
olhar de paz,
riso em perdão,
abraço forte
e meu suporte;
a salvação.