Enluarada

Nada do que diga

faça ou deixe em perspectiva

na fadiga do que exaure-me as forças

rouba o siso

lança ao impreciso

oposto ao meu jeito sempre igual,

te surpreenda!

Culpa é da lua

feiticeira e maga

que enleva-me e sagra

vítima do sonho.

Abono eu ganho em embriaguez

insensatez que me arrebata

lança-me na ingrata

sede de te amar...

Depois sou risos,

anjo dos delírios,

nada me refreia...

Múltipla face

que me retrate

nessa avaria

não me condene.

Entenda:

sou ser demente,

sou lava ardente,

num furacão.

Tua ação a me amparar

seja a clemência,

olhar de paz,

riso em perdão,

abraço forte

e meu suporte;

a salvação.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 16/06/2012
Código do texto: T3727593