SIMPLICIDADE

Querer falar e não ter as palavras exatas que traduzam os sentimentos que são diversos.

Querer ficar em silêncio contemplando o olhar a gritar todas as verdades inaudíveis.

O sufoco do coração a galopar desesperado sem saber o sangue quente qual das vias a banhar.

Querer ouvir apenas os sorrisos mesclados com gestos e toques singelos, mãos vazias a procurar aconchego na pele quente – pois foste à mão fria antes de estar vazia.

Se acostumar a tudo depois de viver mil vidas é prova que os calendários dos homens as fases da lua e outras verdades que afirmamos existir é pura vaidade que inventamos, pois no fundo o que todos queremos é apenas sermos felizes.

Donizetti Reis

Campos Gerais – 15.06.2012