Continente
Não firo quem a musa torna santa,
Nem julgo professores do concreto,
Aquele ser-poeta é que me espanta...
Brigar pelo batismo do incompleto?
Prefiro quem tem alma, que as Escolas...
Ser for um simbolista, quero perto.
Estou na Marginal que quer degolas,
E vou pra surreal do giz incerto.
Liberto o Modernismo do passado
Nas faces do Cubismo que procuro,
E vejo o Futurismo geminado
Com rimas do Parnaso sem futuro.
Dou flores ao Barroco de amanhã
No altar do Romantismo mais dolente;
Escolas são cartazes para o fã,
Mas Verso é mistério a toda gente.