quisera eu de ti
confusas estrelas
rondam o ceu dos teus olhos
infinitamente negros
definitivamente cegos
de mim
desnorteados ventos
emergem furiosos
por instantes
numa passagem de tempo
fulminante
num vazio
que não havia antes
dissipando nuvens densas
e amargas calmarias
na orgia plena da noite
das tantas e tantas
que eu te queria
quisera eu do sol
um filhete de luz
quisera eu do mar
uma gota
quisera eu de ti
um pensamento apenas
e o som do meu nome
eternizado na tua boca
como são os poemas