ando  vagando em mim
andarilha dos vagões
perdidos na desordem
das comédias inacabadas
das cortinas rasgadas
que o tempo  esculpiu

ando meio lá, meio cá
em plantações insonhadas
nas vírgulas engasgadas
nas alcôvas  vazias
das almas que carrego

ando meio lance
meio chance
meio mansa
meio densa
meio louca
  tensa

ando por aí parada
na brisa   alquebrada
na encosta cansada
nas rimas falhadas
 colinas deitadas

ando esquecida
esquisita
transformada

 sem lógica
em meus rumores
em minha  certeza
de ser  um
 mundo  sem (força)

mas, mas...

necessária, antenada,
sem boa parte dos preconceitos

 nas paredes das incógnitas
pendurada



ando  meio bruxa
meio fada
meio morta
 meio luz
meio apagada
corrida
calada

 



apenas ando
á procura  de mim
descartável
consignável
amÁvel
inefÁvel
inicio, meio , fim

ando pelos ventos das calçadas
esparramada
despejando sonhos  inteiros
pelos bueiros


e que eles achem adubos
fertilizem suas raízes
nasçam,
(ALIMENTEM-SE DE
VIDA
SEJAM  FELIZES)


 

olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 14/06/2012
Reeditado em 17/04/2013
Código do texto: T3723173
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