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Quando atinei que, tudo que fiz, fiz para o nada
E todo o bem que brotou de mim, dei, não sei a quem

Quando revi minha escolha, e percebi mortificada,
Que de um confessor urgentemente precisava

Recorri ao vento, às ervas e flores do caminho
Entreguei-me ao espaço longínquo entre o mar e o ar

O vento embalou-me com leve, e imanente carinho
Flores sussurravam-me segredos que não conhecia

No espaço entre nuvens e oceano sobre infindável palco
Deu-se a mim um horizonte sempre meu, e eu não sabia


Quando perdi quase tudo,
descobri que quase nada tive