Cíntia

Nem índia;

Nem cabocla...

Doce menina,

Nascida na mata,

Das mãos fortes,

Da mãe do norte.

Na flor da idade,

Quem diria foi vítima da sorte.

Deixando no ar,

A graça de viver e amar.

Em sua sina, nem sabia,

Escrevia um legado a regar.

Podia nem ser a rainha,

Mas versava com o seu cetro,

A vontade coletiva...

Trabalhar por dias melhores;

Ver o povo feliz.

Não fazia via crúcis de lamentos,

Pois já bastava os tormentos,

Que dia a dia,

A sua porta se estendia.

Uma testemunha das mazelas dos nossos quintais;

Uma voz nas esquinas dos igarapés...

Uma mulher na cabeceira da mesa.

Nem era Jacinta;

Nem era Vera...

Cíntia era como a fera,

Tão bela se vestia.

Obs: homenagem a colega de trabalho Jacinta(tutora do curso de de disseminador de Educação Fiscal)